Terraform se tornou padrão para provisionamento declarativo de infraestrutura. Porém, sem boas práticas de versionamento, o código pode virar um emaranhado difícil de manter e auditar. Este guia explora padrões de organização, branching strategy, automação e controles que garantem escalabilidade e segurança no uso do Terraform em ambientes OTH Host.
1. Estrutura de repositórios
Dois modelos são comuns:
- Mono-repo: todos os módulos e ambientes em um único repositório, facilitando visibilidade e revisão centralizada.
- Multi-repo: módulos reutilizáveis em repositórios separados e repositórios específicos por produto/ambiente.
Independentemente do modelo, mantenha diretórios claros:
terraform/
modules/
vpc/
k8s-node/
envs/
staging/
production/
2. Versionamento semântico
Aplique SemVer aos módulos (ex.: vpc 1.4.0). Incrementos:
- MAJOR: mudanças incompatíveis.
- MINOR: novos recursos compatíveis.
- PATCH: correções sem alterar comportamento.
Use tags Git e releases automáticos para distribuir versões.
3. Branching e revisão
Adote Git Flow simplificado:
main: estado confiável, aponta para infra vigente.develop: integra mudanças em teste.- Feature branches para alterações específicas, sempre com Pull Requests.
Obrigue revisão (code review) por pares e utilize templates de PR com checklist de impacto, rollback e evidências de teste.
4. Automação com pipelines
Criando pipelines CI/CD:
- terraform fmt + validate em cada commit.
- terraform plan automático com artefato anexado ao PR.
- Aprovação manual para aplicar em ambientes sensíveis.
- terraform apply executado por pipeline com credenciais seguras.
Registre output e logs para auditoria. Na OTH Host, pipelines podem rodar em runners dedicados dentro da rede privada.
5. Gestão de estado
Utilize backends remotos (Terraform Cloud, S3, Consul) com bloqueio de estado. Configure workspaces por ambiente e habilite versionamento e criptografia no storage. Faça backup automático do state e monitore acessos.
6. Controle de segredos
Nunca armazene segredos em código. Integre Terraform com Vault, AWS Secrets Manager ou o cofre fornecido pela OTH Host. Variáveis sensíveis devem ser injetadas via pipeline, não commitadas.
7. Módulos reutilizáveis
Criar módulos padronizados reduz duplicação. Inclua documentação, exemplos, testes (terraform test ou terratest) e políticas de acceptance. Publicar em repositório privado com tags facilita reuso.
8. Políticas e compliance
Adote ferramentas como OPA/Conftest ou Terraform Cloud Policies para validar regras empresariais (naming conventions, restrições de rede, tipos de instância permitidos). Combine com auditorias periódicas.
9. Observabilidade e FinOps
Integre saídas do Terraform com sistemas de inventário e FinOps. Registre custos previstos, etiquetas e relacionamentos com centros de custo. A OTH Host fornece dashboards para acompanhar recursos provisionados e consumo real.
10. Recuperação e rollback
Planeje rollback executando terraform apply com versões anteriores do código ou terraform destroy onde apropriado. Mantenha histórico de planos aplicados e chaveie versões em produção com tags Git para permitir reproduzir estados anteriores com segurança.
Conclusão
Versionar infraestrutura com Terraform vai além de escrever arquivos .tf. Exige disciplina Git, automação, governança e observabilidade. Ao adotar essas práticas em conjunto com serviços gerenciados da OTH Host, sua equipe garante ambientes consistentes, auditáveis e prontos para crescer com o negócio.